21.9.09

Trip Paraty/juatinga - Rj

Andar com fé eu vou...Parte 01

Depois de mais uma noite mal dormida, mau-humor e porvinhas, era hora de deixar o caiaque para trás e seguir viagem com os próprios pés.

Saímos do fundo do Saco do Mamanguá em direção a Laranjeiras por uma trilha belíssima, mas não muito muito fácil, com muitas subidas e descidas, o que requer um pouco de esforço dos joelhos e mais ainda quando se tem em média 50kg nas costas. Mas a beleza do lugar ofusca qualquer dificuldade. Encontramos poucas pessoas durante esse trecho e em compensação, muitos bichinho estranhos.



Chegamos em Laranjeiras já no final da tarde. Precisávamos repor algumas coisas que já tinham acabado e ainda seguir em direção a praia do Sono. Só havia um mercadinho na cidade e não tinha tudo que precisávamos. Decidimos que era melhor ir a Paraty. Eu fui e o Blagus ficou na cidade.

Voltei a Laranjeiras já estava completamente escuro. O Blagus, enquanto ficou na cidade, fez amizade com um casal muito gente fina: Seu Antônio e a Dona Rosa. Quando cheguei, estavam os três sentados me esperando. O casal insistia para que passássemos a noite na casa deles e ofereceram a suíte que estavam terminando de construir para eles, na parte de cima da casa. Blaguinhos ainda estava pilhado para continuar até a praia do Sono, mas eu estava só o pó e não hesitei em dizer "sim". Fiz aquela cara de cão sem dono e ele também topou fácil. Hehehe. Só me deixava triste a pirambeira que teriámos que subir até a casa deles, quase uma perpendicular de 90 graus. O Seu Antônio e a Dona Rosa estavam com os níveis etílicos bem altos, o que deixou a subida bem engraçada. As vezes parecia que o seu Antônio ia voltar rolando ladeira abaixo de tanto que tropeçava. Antes de dormir, fomos presenteados com uma travessa, tamanho família, de spaghetti ao sugo, digna de estivadores.

No dia seguinte quando acordamos, a Dona Rosa já tinha saído para trabalhar num dos restaurantes de Laranjeiras. Nos despedimos do Seu Antônio, passamos no restaurante para nos despedir da Dona Rosa e rumamos, finalmente, à praia do Sono.



Essa trilha já estava bem diferente da anterior: muita gente indo ou voltando. Consequentemente havia muita sujeira também, embalagens principalmente, de barrinha de cereal a latas de cervejas. Isso nos deixou um pouco revoltados e broxados com a trilha. Quando chegamos à praia do Sono, entendemos na hora toda aquela sujeira: o local estava completamente tomado por barracas e pessoas. Todos os campings estavam com lotação anormal. Era 31 de dezembro. Reveillon. Muita gente deve ter deixado a boa educação em casa. E já que a praia do Sono não estava tão convidativa, resolvemos ir para a praia da Ponta Negra. A essa altura meus pés já estavam sendo massacrados pelo boot mal amaciado.



Chegando a Ponta Negra, conseguimos um camping por um preço bem honesto. E melhor, não estava entupido de gente, o que o deixava, em relação aos outros, bastante organizado e limpo. A noite o pessoal organizou uma festinha de reveillon, com a direito a espumante e tudo. Sou chic até no mato! Hahahaha.



2 comentários:

Lex Blagus disse...

A memória desta garota é algo demais. Lembro sim de muitos detalhes, mas só lendo seu relato aqui que eu pude voltar a sentir o cheiro daquele spaghetti maravilhoso. E do banquete em Ponta Negra também !

Allécto disse...

Eu nem li nada #preguiça, mas sempre adoro as fotos dos insetos xD